segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Queda do muro de Berlim

Pressão social provoca queda do muro de Berlim em 1989

Considerado um dos maiores símbolos da Guerra Fria, o muro deixou de existir em 8 de novembro de 1989. A queda do muro de Berlim simbolizou o desmoronamento do comunismo na Europa Central e Oriental, que começou na Polônia e na Hungria. Confrontado com um êxodo maciço de sua população para o Ocidente, o Governo da Alemanha Oriental abriu as suas fronteiras. Foi a reunificação da Alemanha após mais de 40 anos de separação e a sua parte oriental integrada a CEE em Outubro de 1990.

Berlim, 13 de agosto de 1961. Em questão de horas, uma barreira passou a dividir os setores leste e oeste da cidade. Nascia o que ficou conhecido como Muro de Berlim. As tropas de Berlim oriental começaram a colocar os barreiras e arames farpados para cortar a ligação deles com o resto da Alemanha, as únicas saídas eram feitas através dos “checkpoints”. O regime chamava o muro de “Barreira protetora antifascista”, “trancando” seu povo do capitalismo.

Construir o muro de Berlin em 1961 fazia total sentido para o líder da Alemanha oriental Walter Ulbricht. A população do seu lado estava imigrando para o lado ocidental em grande escala, quase que tornando a Alemanha oriental um local vazio.

O fluxo de pessoas do leste de Berlim para o oeste era enorme, pois o oeste (ocidente) estava experimentando uma época de milagre econômico (em alemão – Wirtschaftswunder)

As raízes do muro apareceram no inicio da guerra fria, após a 2ª guerra mundial. Um dos motivos fora o esforço de Moscou em tirar os aliados ocidentais de Berlim ocidental, assim como de tirar os capitalistas, que falhou.

Em 1989 já havia já muita incerteza sobre o futuro da Alemanha Oriental. Nos meses anteriores, milhares de alemães orientais conseguiram atravessar para o lado Ocidental, da mesma forma como acontecia antes da construção do Muro de Berlim, e centenas de pessoas saíram às ruas em manifestações.

Apesar das agitações sociais, o governo da Alemanha Oriental permanecia impassível: em 7 de outubro de 1989 - menos de um mês antes da queda do muro, em 9 de novembro - autoridades festejaram a fundação do Estado da Alemanha Oriental. Mas o aparente descaso com a emergência de um movimento social não barrou as manifestações.

Em 30 de outubro de 1989, mais de 300 mil pessoas se reuniram em Leipzig. No dia 4 de novembro daquele mesmo ano, a multidão reunida em Berlim Oriental ultrapassou meio milhão de pessoas. Três dias depois, o governo do primeiro-ministro Willi Stoph renunciou ao cargo; em 8 de novembro, foi a vez de Erich Honecker (1912-1994), o chefe de Estado.

Especula-se que um mal-entendido provocou a queda do Muro de Berlim.

O Ministro das Comunicações da época, Günter Schabowski, que estava de férias quando houve a promulgação da lei, lê apressadamente uma nota, em uma coletiva de imprensa, que dizia que os alemães poderiam cruzar a fronteira entre as duas Alemanhas sem qualquer permissão. Questionado quando a lei começaria a ser válida, ele respondera que naquele mesmo dia a legislação tinha entrado em vigor.

Milhares de pessoas foram imediatamente aos postos de comando do muro, exigindo sua passagem, e o muro caiu.

O Conselho de Ministros ainda não tinha aprovado as novas diretrizes, e os soldados nos postos fronteiriços foram tomados totalmente de surpresa pela multidão, sem qualquer orientação de como proceder. Nesse dia, pela primeira vez em 28 anos, alemães de ambos os lados de Berlim se encontraram livremente.

Reação

O governo da Alemanha Ocidental reagiu, em um primeiro momento, de forma bastante reservada à queda do Muro de Berlim, mas pouco tempo depois, em 28 de novembro daquele ano, o chanceler Helmut Kohl [1982-98] apresentou ao Parlamento alemão um programa para reunificação dos dois países.

Com isso, os dois governos passaram a trabalhar na união econômica e política, para a constituição de um só Estado. Em 18 de maio de 1990, os Parlamentos dos dois países aprovaram o acordo que estendeu o sistema financeiro do Ocidente ao Oriente: o marco alemão ocidental era agora a moeda única para os dois países.

Em 12 de setembro de 1990, representantes dos dois Estados alemães, junto a líderes dos países vencedores da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) - EUA, União Soviética, França e Reino Unido - assinaram, em Moscou, um tratado que dava plena soberania ao novo Estado alemão, unificado.

Mas foi em 20 de setembro de 1990 que os dois Parlamentos aprovaram, finalmente, o tratado da reunificação dos dois Estados. Em 2 de dezembro, foram realizadas as primeiras eleições parlamentares da Alemanha unificada, que tiveram como vencedores os democrata-cristãos e liberais, com a eleição de Kohl para a Chancelaria alemã.


Mudanças

Em 1989, o mundo foi sacudido por uma série de revoluções que derrubaram os governos comunistas da Europa Oriental.

Em 9 de outubro, milhares de manifestantes da Alemanha Oriental se dirigiram aos postos de controle do Muro, exigindo que fossem autorizados a passar. Os soldados ficaram quietos enquanto milhares de pessoas atravessavam a fronteira e pulavam o Muro.

Em busca de lembranças

Logo o Muro começou a ser demolido, e milhares de pessoas correram para agarrar pedaços dele para guardar de lembrança.

A foto ao lado foi tirada em 8 de dezembro de 1989.







Festa

No Portal de Brandemburgo, um dos mais conhecidos pontos de Berlim, milhares de pessoas se reuniram para comemorar as mudanças.

Esta foto é de 22 de dezembro de 1989.









Longo trabalho

A demolição do muro continuou por muitos meses, e até hoje há partes dele que permanecem de pé.

Esta parte do muro só foi derrubada em 13 de junho de 1990.










Comércio

Também muitas pessoas continuaram tentando lucrar com a queda do muro muito depois de sua "queda", em 1989.

Esta mulher vendia pedaços do muro para turistas em 20 de junho de 1990.










Unidos pela história

Em 8 de novembro de 1999, os líderes dos Estados Unidos, da União Soviética e da Alemanha Ocidental na época da queda do muro se reuniram em Berlim para lembrar os dez anos do ocorrido.

Na foto ao lado, da esquerda para a direita, estão o ex-primeiro-ministro alemão Helmut Kohl, o ex-presidente americano George Bush, o prefeito de Berlim, Eberhard Biepgen, e o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev.

Memória aos mortos

Cruzes - 1.065 no total - formam sombras em uma réplica do Muro de Berlim construída na cidade para a comemoração dos 15 anos da queda.

As cruzes representam aqueles que morreram ao tentar escapar da Alemanha Oriental.




15 anos

O presidente do Partido Social Democrata alemão, Franz Muentefering, o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, e a presidente do Partido Democrata Cristão, Angela Merkel, colocam flores comemorativas em Berlim, durante celebração dos 15 anos da queda do Muro.


Bibliografia:
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Publicado por Bruno

Ditadura Militar no Brasil

Introdução 
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
O golpe militar de 1964
A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.
Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.

Os partidos de oposição acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.

Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.

O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este caça mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.

O Milagre Econômico
Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.
A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de
futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.  
Bilbliografia:

Postado por Hélio

Segunda Guerra Munidal

Introdução: As causas da Segunda Guerra Mundial
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
O Início
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).
Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:
·         O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
·         Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
·         De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas. 
·         O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
Final e Consequências
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.


Hitler (Líder nazista da Alemanha)



(França, EUA, Inglaterra e URSS, países Aliados na II Guerra)




 (Bomba Atômica explode na cidade japonesa de Hiroshima)


Bibliografia:
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Postado por Camila

Revolução Industrial

sistema capitalista, enquanto forma específica de se ordenar as relações no campo sócio-econômico, ganhou suas feições mais claras quando – durante o século XVI – as práticas mercantis se fixaram no mundo europeu. Dotadas de colônias espalhadas pelo mundo, principalmente em solo americano, essas nações acumulavam riquezas com a prática do comércio. 

Na especificidade de seu contexto, observaremos que a história britânica contou com uma série de experiências que fez dela o primeiro dos países a transformar as feições do capitalismo mercantilista. Entre tais transformações históricas podemos destacar o vanguardismo de suas políticas liberais, o incentivo ao desenvolvimento da economia burguesa e um conjunto de inovações tecnológicas que colocaram a Inglaterra à frente do processo hoje conhecido como Revolução Industrial. 

Com a Revolução Industrial, a qualidade das relações de trabalho no ambiente manufatureiro se transformou sensivelmente. Antes, os artesãos se agrupavam no ambiente da corporação de oficio para produzirem os produtos manufaturados. Todos os artesãos dominavam integralmente as etapas do processo de produção de um determinado produto. Dessa forma, o trabalhador era ciente do valor, do tempo gasto e da habilidade requerida na fabricação de certo produto. Ou seja, ele sabia qual o valor do bem por ele produzido. 

As inovações tecnológicas oferecidas, principalmente a partir do século XVIII, proporcionaram maior velocidade ao processo de transformações da matéria-prima. Novas máquinas automatizadas, geralmente movidas pela tecnologia do motor a vapor, foram responsáveis por esse tipo de melhoria. No entanto, além de acelerar processos e reduzir custos, as máquinas também transformaram as relações de trabalho no meio fabril. Os trabalhadores passaram por um processo de especialização de sua mão-de-obra, assim só tinham responsabilidade e domínio sob uma única parte do processo industrial. 

Dessa maneira, o trabalhador não tinha mais ciência do valor da riqueza por ele produzida. Ele passou a receber um salário pelo qual era pago para exercer uma determinada função que, nem sempre, correspondia ao valor daquilo que ele era capaz de produzir. Esse tipo de mudança também só foi possível porque a própria formação de uma classe burguesa – munida de um grande acúmulo de capitais – começou a controlar os meios de produção da economia. 

O acesso às matérias primas, a compra de maquinário e a disponibilidade de terras representavam algumas modalidades desse controle da burguesia industrial sob os meios de produção. Essas condições favoráveis à burguesia também provocou a deflagração de contradições entre eles e os trabalhadores. As más condições de trabalho, os baixos salários e carência de outros recursos incentivaram o aparecimento das primeiras greves e revoltas operárias que, mais tarde, deram origem aos movimentos sindicais. 

Com o passar do tempo, as formas de atuação do capitalismo industrial ganhou outras feições. Na segunda metade do século XIX, a eletricidade, o transporte ferroviário, o telégrafo e o motor a combustão deram início à chamada Segunda Revolução Industrial. A partir daí, os avanços capitalistas ampliaram significativamente o seu raio de ação. Nesse mesmo período, nações asiáticas e africanas se inseriram nesse processo com a deflagração do imperialismo (ou neocolonialismo), capitaneado pelas maiores nações industriais da época. 

Durante o século XX, outras novidades trouxeram diferentes aspectos ao capitalismo. O industriário Henry Ford e o engenheiro Frederick Winslow Taylor incentivaram a criação de métodos onde o tempo gasto e a eficiência do processo produtivo fossem cada vez mais aperfeiçoados. Nos últimos anos, alguns estudiosos afirmam que vivemos a Terceira Revolução Industrial. Nela, a rápida integração dos mercados, a informática, a microeletrônica e a tecnologia nuclear seriam suas principais conquistas. 

A Revolução Industrial foi responsável por inúmeras mudanças que podem ser avaliadas tanto por suas características negativas, quanto positivas. Alguns dos avanços tecnológicos trazidos por essa experiência trouxeram maior conforto à nossa vida. Por outro lado, a questão ambiental (principalmente no que se refere ao aquecimento global) traz à tona a necessidade de repensarmos o nosso modo de vida e a nossa relação com a natureza. Dessa forma, não podemos fixar o modo de vida urbano e integrado à demanda do mundo industrial como uma maneira, um traço imutável da nossa vida cotidiana.


(Revolução Industrial que modificou as paisagens das cidades)


Bibliografia:
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Postado por Camila

Semana de Arte Moderna (1.922)

Histórico


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O Abopuru de Tarsila do Amaral
Entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, o Teatro Municipal de São Paulo, verdadeiro monumento patriarcal erguido em pleno centro da capital do Estado para celebrar a arte tradicional, viu-se invadido por um grupo de jovens irreverentes da sociedade paulista daquela época, todos eles, visionários com veleidades artísticas e estéticas cuja intenção maior era abalar os convencionalismos, fossem eles quais fossem. Desde então, o ideário modernista, pois era assim que eles se autodesignavam, tomou corpo e mudou para sempre os padrões estéticos, literários e jornalísticos do Brasil.
[...] seria uma semana de escândalos literários e artísticos, de meter os estribos na barriga da burguesiazinha paulista.
Di Cavalcanti
Numa entrevista a uma revista cultural de São Paulo, feita em 1939, a pintora Anita Malfatti narrou os antecedentes da sua polêmica exposição de 1917. O acontecimento para ela revelou-se quase tragédia, mas acredita-se que, pelo impacto que suscitou junto ao público e críticos, tornou-se chave para entender-se o que veio depois.


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Monteiro Lobato arrasou com a pintura de Anita Malfatti (retrato da boba)
Ela mesmo confessa que quando mostrou suas telas a umas colegas "acharam-nas feias, dantescas e todas ficaram tristes [...] alguns jornalistas pediram-me para ver os quadros tão mal feitos e todos acharam que devia fazer uma exposição". Ela, vinda da Europa, estava fortemente influenciada pelo expressionismo alemão, com aquela forte inclinação em exaltar o grotesco e o caricatural. O comportamento do público era muito estranho, em geral a reação da maioria era de espanto, de frustração, com aquela nova estética contrabandeada da vanguarda européia.

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"Antropofagia" de Tarsila do Amaral
A resposta conservadora à ousadia de Anita Malfatti e à sua inclinação estética não demorou. Um pouco antes do Natal de 1917, Monteiro Lobato, num artigo publicado em O Estado de S.Paulo, desancou não só a exposição, como o futurismo, o cubismo, o impressionismo e todos os "ismos" da moda, dizendo-os produtos dos tempos decadentes, de cérebros deformados, afirmando que a única diferença das telas de Anita daquelas feitas nos manicômios, como terapia, é de a dos loucos era "arte sincera". Comentando o choque provocado pela crítica de Lobato, Mário de Andrade disse que Anita, depois que lhe mostraram o artigo de Lobato, ficou meio desaparecida uns quatro ou cinco anos. De certo modo, isso, o susto de Anita, seguida do seu encaramujamento, explica porque a pintora Tarsila do Amaral assumiu a função de criar os principais símbolos paradigmáticos do modernismo brasileiro, como o famoso "Abopuru".

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Cartaz anunciando a Semana

Quem a defendeu foi o jovem Oswald de Andrade, que mais tarde seria um dos mentores da vanguarda modernista, balançando sempre entre ser bufão ou anarquista, dizendo que a exposição pelo menos havia sacudido a crítica paulista da "sua tradicional lerdeza de comentários." Para ele era preciso apresentar "uma visão que bata nos cilindros dos moinhos, nas turbinas elétricas, nas usinas produtoras, nas questões cambiais, sem perder de vista o Museu Nacional". Oswald, por aqueles tempos, era militante futurista, resultado da sua viagem à Europa em 1912, quando voltou com uma penca de manifestos inspirados por Fillipo Marinetti. Mas ele e os outros intelectuais que o cercavam não gostavam de ser assim designados, preferindo o de modernistas. O nome futurista tinha ligações com as loucuras feitas pelos vanguardistas europeus, comportamento que os rapazes paulistas, filhos de gente fidalga, mais acanhados, não estavam preparados para assumir.

Bibliografia:

http://www.google.com.br/
http://www.brasilescola.com.br/
http://www.uol.com.br/
http://www.dominiopublico.gov.br/

Publicado por Bruno
Bater nos cilindros

Lobato demolidor

O susto de Anita Malfatti

Primeira Guerra Mundial

Antecedentes
Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
No  início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.
Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.
O início da Grande Guerra
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro. As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-
Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
Política de Alianças
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a
Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
Desenvolvimento. 
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.
Fim do conflito
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os
EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada,  perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.
A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

Bibliografia:

Postado por Hélio Moreira